Whindersson Nunes

Rir ainda é o melhor remédio (e muito mais barato que terapia)
Em tempos de boletos, filas e Wi-Fi caindo, o humor é a vacina contra o caos moderno

Tem coisa mais brasileira do que rir da própria desgraça? A geladeira vazia, o PIX que não caiu, o pneu que fura quando você já está atrasado... Tudo vira piada. E sabe por quê? Porque o brasileiro aprendeu, na marra, que se não rir, chora e chorar dá dor de cabeça.
A comédia, mais do que entretenimento, virou sobrevivência. O humor é a válvula de escape de um país onde todo dia tem uma notícia pior que a outra, mas a gente ainda arranja fôlego pra mandar um meme no grupo da família (aquele mesmo onde a tia acredita em tudo que recebe no WhatsApp).
Os palhaços de hoje não estão mais no circo. Estão no palco do stand-up, no TikTok, nas ruas, no trabalho, no bar... e até na política, mas aí já é outro tipo de espetáculo. O riso virou profissão, virou arma, virou consolo.
E quer saber? Ainda bem. Porque rir também é resistência. É uma forma de dizer: "ok, o mundo tá desmoronando, mas eu ainda tô aqui, com meu café passado, meu chinelo estourado e minha piada pronta".
Então, se a vida estiver difícil, procure um motivo pra rir. Nem que seja de si mesmo. Afinal, já dizia aquele ditado: quem ri por último... entendeu a piada só agora.
Coluna MS Direto - Humor e Cotidiano
Por: Whindersson Nunes
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