Mark Zuckerberg

Estamos vivendo ou apenas postando?
Entre filtros, curtidas e reels, onde ficou a vida real?

Todo mundo já ouviu a frase: "se não postou, não aconteceu." E, por mais absurda que ela pareça, muita gente leva isso a sério. Vivemos um tempo em que registrar o momento virou mais importante do que vivê-lo. Um jantar em silêncio entre amigos, mas com selfie e legenda. Uma viagem corrida, cheia de stories, mas sem tempo pra olhar a paisagem. Uma vida que parece perfeita — mas só no feed.
As redes sociais transformaram a forma como nos comunicamos, nos informamos e nos relacionamos. Isso é inegável. Mas, junto com essa revolução digital, vieram também as comparações tóxicas, a ansiedade por engajamento e a necessidade constante de aprovação.
E aí vem a pergunta: estamos sendo verdadeiros... ou apenas performando?
O problema não é postar. O problema é quando a gente começa a moldar a vida real pra caber no formato do Instagram, do TikTok ou do Twitter. Quando o café precisa ser bonito pra ir no story, quando a felicidade precisa de filtro, quando o sucesso só é válido se tiver curtida.
É preciso lembrar que a vida não tem algoritmo. Ela é feita de momentos simples, de erros, de dias sem maquiagem, de conquistas que ninguém vê. E isso também vale.
Não precisamos ser influenciadores pra sermos importantes. Não precisamos de viral pra sermos relevantes. Precisamos de conexão real — e isso, por mais irônico que pareça, não se compra com Wi-Fi.
Que a gente aprenda a usar as redes com leveza, como janela pro mundo — e não como prisão da aparência. Porque o que vale mesmo não é a foto perfeita... é o que acontece quando o celular está virado pra baixo.
Coluna MS Direto – Olhar Contemporâneo
Por: Mark Zuckerberg
COMENTÁRIOS