Mulher de 39 anos é encontrada morta em avançado estado de decomposição na fronteira
Corpo foi localizado em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha a Ponta Porã; investigação envolveu perícia e familiares para esclarecer as causas

No último sábado (5), o corpo de Aurélia Villalba Isnardi, de 39 anos, foi encontrado em um estado avançado de decomposição em um terreno baldio em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia em frente à cidade de Ponta Porã (MS). A descoberta foi feita após denúncia de membros da comunidade indígena Mba’e Marangatu, que perceberam urubus no local onde a vítima morava com seu companheiro.
Segundo informações da irmã de Aurélia, ela não era vista desde 30 de junho, quando teve contato pela última vez. Familiares informaram, ainda, que Aurélia e seu parceiro viviam em situação precária e que o homem já foi detido para averiguações pela polícia paraguaia após o corpo ser localizado.
A perícia preliminar identificou lesões no lado esquerdo do rosto e marcas não identificadas com clareza devido ao estado avança do corpo. Estima-se que a morte tenha ocorrido há cerca de cinco dias, o que dificulta a análise inicial. O caso foi encaminhado pelas autoridades paraguaias para o Ministério Público de Pedro Juan Caballero e o corpo foi levado à capital Assunção para exames de necropsia detalhada.
Aurélia era natural do Paraguai e trabalhava informalmente na região de fronteira; familiares afirmam que ela não tinha histórico criminal, mas que sofriam pressões de moradores locais e enfrentavam conflitos por causa de condições de moradia. Isso reforça a hipótese de crime com motivos pessoais, embora outras circunstâncias não sejam descartadas.
O caso reacende o debate sobre a fragilidade da segurança nas cidades gêmeas que se formam na linha binacional, onde jurisdição e investigação costumam ser dificultadas por problemas de cooperação entre as polícias. Atuação coordenada entre Perícia Paraguaia (PNC) e Polícia Civil Brasileira será essencial, inclusive para visitas do consulado do Brasil e apoio da OAB/MS à família.
FONTES:
CAMPO GRANDE NEWS, JORNAL A SEMANA PP, FAMÍLIA DA VÍTIMA, MINISTÉRIO PÚBLICO DO PARAGUAI
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