Deputado alerta: reabertura do Morenão depende de projeto equilibrado e ajustes orçamentários
Estádio universitário segue interditado desde 2022 e reabertura exige consenso técnico e financeiro

O Estádio Pedro Pedrossian (Morenão), em Campo Grande, permanece interditado desde 2022. Segundo o deputado estadual Pedro Pedrossian Neto, a reabertura da principal praça esportiva de Mato Grosso do Sul depende de um projeto realista, que esteja alinhado com o orçamento disponível pelo governo estadual.
Um estudo técnico detalhado, contratado pela Agesul, está em fase final e deve ser entregue até o fim de julho. A partir dele, será possível dimensionar com precisão os custos da obra, que hoje variam entre R$ 10 milhões e R$ 40 milhões, dependendo da estrutura e do modelo de gestão a ser adotado.
- Proposta é reformar por etapas
De acordo com o deputado, um projeto enxuto — com arquibancadas cobertas para 12 mil torcedores e melhorias em segurança, acessibilidade e estrutura — seria viável e suficiente para reabrir o estádio com qualidade. Já um projeto completo, com cobertura total e modernização ampla, exigiria um investimento consideravelmente maior.
- Impasses com a UFMS e futuro da gestão
Outro ponto importante envolve a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), proprietária do estádio. A instituição deseja manter o controle de espaços como o Museu da Ciência e o Memorial do Futebol, além de ter voz ativa na gestão do estádio após a reforma.
O governo estadual, por outro lado, defende a criação de uma Parceria Público-Privada (PPP) para concessão do Morenão por até 35 anos, incluindo o uso da área para eventos culturais, comerciais e esportivos, garantindo retorno do investimento e manutenção permanente do espaço.
- Expectativa é reabertura parcial em 2026
O deputado afirmou que, com definição técnica e consenso entre governo e universidade, é possível planejar uma reabertura parcial do Morenão já em janeiro de 2026, o que impulsionaria o futebol sul-mato-grossense e colocaria Campo Grande novamente no circuito de grandes eventos esportivos.
No entanto, ele pondera que o setor público tem ritmo lento e que as expectativas devem ser realistas. A reativação do estádio depende de responsabilidade orçamentária, segurança jurídica e planejamento bem estruturado.
FONTE:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE MS / AGESUL / GOVERNO DE MS / UFMS
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