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O ex-presidente Jair Bolsonaro começou a cumprir nesta semana medidas cautelares determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da investigação que apura sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. As decisões foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, com base em indícios de risco de fuga e possível obstrução da Justiça.

Entre as medidas determinadas está o uso de tornozeleira eletrônica, o recolhimento domiciliar entre 19h e 6h durante a semana, além de recolhimento integral nos finais de semana. Bolsonaro também foi proibido de utilizar redes sociais, bem como de manter contato com outros investigados no mesmo inquérito, incluindo seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, e autoridades estrangeiras.

A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do ex-presidente e na sede do Partido Liberal (PL), onde foram apreendidos valores em dinheiro, um celular e dispositivos eletrônicos. As ações fazem parte da reta final das investigações sobre a possível articulação de um plano para invalidar o resultado das eleições de 2022 e tentar impedir a posse do atual presidente da República.

O processo em andamento no STF pode resultar em condenações superiores a 40 anos de prisão, segundo juristas ouvidos por veículos especializados. A Procuradoria-Geral da República (PGR) deu parecer favorável à adoção das medidas cautelares, argumentando que Bolsonaro demonstrou intenção de deixar o país e manter vínculos com aliados no exterior, o que configuraria risco real de fuga.

No cenário internacional, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou apoio público a Bolsonaro, classificando o julgamento como uma perseguição política. Trump também anunciou a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, gerando forte reação do governo brasileiro, que repudiou a medida e reforçou a defesa da soberania nacional.

A defesa de Jair Bolsonaro criticou as decisões do STF, afirmando que ele sempre colaborou com as investigações e que as medidas são desproporcionais. Por outro lado, parlamentares da base governista apoiaram as ações da Corte, destacando a gravidade das acusações e a necessidade de garantir a ordem institucional.

O julgamento no Supremo Tribunal Federal deve ser concluído nas próximas semanas, com expectativa de grande repercussão política e institucional no Brasil. Até lá, Bolsonaro seguirá monitorado eletronicamente, com restrições de deslocamento e comunicação, conforme determinado pela Justiça.

FONTES:

AGÊNCIA BRASIL, CNN BRASIL, UOL, G1, THE GUARDIAN, FINANCIAL TIMES

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